CEDEAO considera aceitáveis as condições em que foram organizadas eleições presidenciais no Togo
As eleições presidenciais togolesas de sábado, dia 25 de abril de 2015 decorreram em “condições acetáveis de liberdade e transparência” considerou a CEDEAO, ao salientar que não houve obstáculo nenhum, nem incidente maior suscetíveis de comprometer a integridade do processo eleitoral.Na sua primeira declaração à imprensa no domingo em Lomé, a Missão de observação eleitoral da Organização sub-regional congratulou-se com os esforços envidados pelas partes interessadas, nomeadamente pelo povo togolês, pelo governo, pelos partidos políticos e pelas forças de segurança, por garantir que o escrutínio decorresse bem, num ambiente calmo e pacífico.
“Congratulamo-nos sobretudo com o sentido de responsabilidade e disciplina que os eleitores demonstraram no exercício dos seus direitos cívicos [e] assinalamos a participação ativa das mulheres no processo eleitoral” disse a Missão “e uma organização bem-sucedida do escrutínio”, acrescentou, dirigindo-se em especial à Comissão Eleitoral Independente (CEI). A Missão considera que esse escrutínio é determinante não só para a consolidação da governação democrática no Togo mas também para a reconciliação e a unidade nacionais. Manifesta a esperança de que esta eleição abrirá o caminho ao aprofundamento das reformas políticas, económicas e de defesa e segurança necessárias para o desenvolvimento desse Estado-membro. Ademais, a Missão lança um apelo a toda a população togolesa, a todos os líderes dos partidos políticos e a todos os militantes e simpatizantes desses partidos políticos para que se abstenham de qualquer ato de violência, de intimidação ou de provocação durante esta fase capital de consolidação da paz e da democracia “para o interesse superior da nação”. “Exorto-vos sobretudo a velar sempre pela boa ordem e disciplina e convido todas as forças envolvidas em garantir a segurança do processo a prosseguir com os esforços conjuntos no respeito absoluto do espirito republicano” disse a Missão. A Missão de observação eleitoral da CEDEAO, como lhe é habitual ao emitir a sua declaração anterior à publicação dos resultados, remata: “exortamos em particular todos os candidatos a recorrer exclusivamente a vias legais para a resolução de qualquer eventual litígio eleitoral”. Recheada de um efetivo de 100 membros enviados para as cinco (5) regiões administrativas do Togo e dirigida pelo antigo Presidente da Libéria, Sr. Amos Sawyer, a Missão da CEDEAO contou com o apoio de uma equipa técnica de doze peritos em vários domínios ligados a eleições e segurança. Em cumprimento das suas atribuições, a Missão colaborou com outras instituições que enviaram observadores, a saber a União Africana (UA), a União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), a Organização Internacional da Francofonia (OIF), a Comunidade dos Estados Saelo-Sarianos (CEN-SAD) e o Instituto de Gorée sem se esquecer da União Europeia e das Nações Unidas. Todas essas Instituições e estruturas assim como os membros do corpo diplomático acreditado no Togo estiveram presentes na prestação da primeira declaração presidida pelo Professor Sawyer, acompanhado pelo Presidente da Comissão da CEDEAO, o Senhor Kadré Désiré Ouédraogo, pela Comissária de Assuntos Políticos, Paz e Segurança da Organização, a Sr.ª Salamatu Hussaini Sulaiman assim como pelo Diretor de Assuntos Políticos da Comissão, o Sr. Remi Ajibewa. Pelo que precede, a Missão da CEDEAO louvou o papel de acompanhamento desempenhado pelas várias missões de observação eleitoral assim como louvou a coordenação e a concertação que marcaram as relações dessas missões com os atores políticos da Republica togolesa ao longo do processo. Ainda se lê na declaração divulgada pela CEDEAO: “Rendemos a mesma homenagem aos outros parceiros de desenvolvimento que, com o respetivo apoio técnico e financeiro, contribuíram para garantir o sucesso da eleição de 25 de abril de 2015”. Por último, a Missão da CEDEAO apresenta os seus agradecimentos a todas as autoridades togolesas e às diversas estruturas envolvidas na organização do escrutínio por todas as medidas de ordem logísticas e de segurança tomadas no sentido de facilitar o envio de observadores e que lhes permitiu cumprir com a sua missão. De constatar que a Missão de observação eleitoral é composta por delegações do Conselho de Sábios da CEDEAO e dos Embaixadores dos Estados-membros acreditados junto da Comissão da CEDEAO em Abuja. Ainda a Missão compreende peritos provenientes de ministérios dos negócios estrangeiros e de órgãos de gestão de eleições dos Estado-membros assim como membros de organizações da sociedade civil em geral e da comunicação social em particular. O envio da Missão de observação eleitoral, cabe ao Presidente da Comissão da CEDEAO e faz-se de acordo com as disposições pertinentes do Protocolo Adicional da CEDEAO sobre democracia e boa governação (adotado em 2001) e no âmbito do programa de apoio eleitoral aos Estados-membros. Depois da Nigéria, que acabou de realizar uma alternância política histórica ao termo de eleições consideradas unanimemente como sendo transparentes, honestas e credíveis, Togo é o segundo Estado-membro da CEDEAO a passar pelo mesmo exercício neste ano de 2015, antes da Guiné, de Côte d’Ivoire e do Burkina Faso. |